António Bento Martins Júnior nasceu em Arcos, mais precisamente na Casa de Gilfonso (então Gifonso de Baixo), no dia 5 de Maio de 1881, sendo filho de António Bento Martins e Teresa da Conceição Alves Torres, ambos lavradores naturais da mesma freguesia de Arcos.
Em 1903 foi ordenado presbítero, optando dois anos volvidos por ir estudar para Roma, onde obteve um doutoramento em Direito Canónico e uma licenciatura em Teologia, regressando em 1909.
Nos anos seguintes lecionou várias disciplinas no Seminário Conciliar de Braga, tendo sido nomeado Cónego Capitular da Sé de Braga em 1918 e Secretário do Arcebispo D. Manuel Vieira de Matos em 1920. Em 1922 é-lhe conferido o título eclesiástico de Monsenhor pelo Papa Pio XI
A 20 de Junho de 1928, é nomeado Bispo de Bragança e Mirandela, função que ocupa até 1932. A 14 de Julho deste ano é escolhido para coadjutor do já referido Arcebispo de Braga, D. Manuel Vieira de Matos, fisicamente já bastante debilitado, com direito a futura sucessão. Com o falecimento do então Arcebispo a 28 de Setembro, D. António Bento Martins Júnior assume automaticamente o cargo.
Enquanto Arcebispo Primaz de Braga, foi agraciado em 29 de Março de 1947 com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e a 11 de Julho de 1959 com a Grã-Cruz da Ordem de Benemerência.
O seu impacto enquanto líder da Arquidiocese é notório desde logo pela longevidade da ocupação do cargo, perto de 31 anos, uma das mais extensas de sempre. O legado de D. António Bento Martins Júnior é vasto, sendo consensual a facilidade com que se exprimia, propiciando intervenções memoráveis. A nível material regista-se as reformas das Corporações Religiosas, a construção dos novos Seminários Conciliar e de Preparatórios, tal como a abertura do Seminário de Filosofia em Braga.
D. António Bento Martins Júnior faleceu a 29 de Agosto de 1963, aos 82 anos de idade.