As Festas do Carmo, neste ano algo ofuscadas pelas festas da Semana da Misericórdia, envolviam toda a comunidade e mesmo os visitantes da colónia balnear, que no fim do Verão (as festas do Carmo tinham lugar nos primeiros dias de Setembro) estariam quase de partida.
Associações como o Clube Fluvial Vilacondense, primeiros dinamizadores destas festas, a Associação Comercial e Industrial de Vila do Conde e, entre outros e como não podia deixar de ser, os Ranchos da Praça e do Monte.
Repare-se na publicidade à “Praia de Vila do Conde” no muro onde hoje existem estabelecimentos comerciais. Um pouco à esquerda já existiriam os edifícios do restaurante “Ramon” e pronto-a-vestir “Duarte”, por estas alturas a “Casa da Recoveira” e o “Armazém de S.João”, de Ilídio d’Oliveira Taipa.
Lá em cima no monte, verifica-se na Igreja de Santa Clara o início das discutíveis intervenções da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, que tiveram lugar de 1936 a 1940, na Igreja e no Mosteiro, o que nos ajuda a datar com precisão esta foto.
Ao fundo, o acesso às casas da família Reis Pereira ainda seria feita por uma rampa, ao contrário das escadas que hoje vemos. A casa de Benilde, obviamente, ainda seria a original, duplicada em altura nos últimos anos. Na do meio veríamos a Ourivesaria Pereira.
O antigo Hotel Central, o “Hotel da Therezinha”, seria agora uma pensão, vários anos depois do falecimento da sua carismática proprietária.
Para finalizar, e voltando aos Reis Pereira, é de referir que as decorações para estas festas foram criadas por Júlio Maria (Júlio / Saúl Dias).