A fábrica de chocolates “Imperial” nasceu em 1932, pelas mãos de Manuel Dias da Silva, portuense emigrado no Brasil. De volta a Portugal com uma fórmula para produção de chocolate, comprou os bens da falida fábrica de chocolates “Esperança“, localizada na Rua General Lemos.
“Foram no domingo arrematados, em hasta pública, todos os maquinismos da antiga Fábrica de Chocolates Esperança, que funcionava nesta vila, à Rua General Lemos.
Foi arrematante o sr. Manuel Dias da Silva, do Porto, que, segundo nos informam, está empenhado em restabelecer, o mais breve possível, a laboração d’aquela Fábrica, introduzindo-lhe grandes melhoramentos.
Oxalá que esta informação se confirme.”
A República nº 1042 – 11 de Junho de 1932
Sem perda de tempo, a produção de chocolate recomeçou cerca de dois meses após a licitação vencedora.
“Embora não esteja ainda completa a sua montagem, iniciou já a sua laboração a Fábrica de Chocolates, de que é proprietário e gerente o nosso amigo sr. Manoel Dias da Silva.
Conhece perfeitamente o nosso amigo a indústria que está dirigindo e vai desenvolver; e esse conhecimento, e as qualidades de iniciativa e actividade de que tem dado sobejas provas, na sua vida comercial no estrangeiro, permitem-nos confiar que a Fábrica de Chocolates desta vila terá, dentro em pouco, no mercado, um nome prestigioso e sólido.
Com essa certeza decerto todos os vilacondenses se regosijam, porque não será indiferente para o nome e para a economia da nossa terra o desenvolvimento e o crédito desta sua indústria.
A República faz votos muito sinceros pelos triunfos da Fábrica de Chocolates e pelas felicidades pessoais do seu activo e inteligente proprietário.”
A República nº 1052 – 27 de Agosto de 1932
A “Imperial” manter-se-ia nesta casa até 1968. Devido à necessidade de expansão e melhores condições para produção em massa, a “Imperial” adquiriu a Casa de Sant’Anna em Azurara, sendo esta demolida para dar lugar à fábrica que, com vários aumentos, se mantém desde 1969 até aos dias de hoje.
A casa onde foi fundada a “Imperial” foi desde aí utilizada por diversos estabelecimentos comerciais, estando neste momento sem utilização.