No seguimento da última publicação, mostramos aqui mais de perto as azenhas da margem direita do rio Ave, do lado de Vila do Conde. Este trio de casas de moagem de cereais foi demolido em 1937, numa época em que o Mosteiro de Santa Clara sofria profundas obras de restauro (e também demolição).
Estas azenhas, provavelmente de origem quinhentista tal como a de Azurara, foram mandadas construir pelas freiras do Mosteiro, que teve a posse das mesmas até meados do século XIX.
O edifício da esquerda, em terra, é a fábrica de moagem, que apenas trabalhava quando o caudal do rio era insuficiente para fazer funcionar as rodas das azenhas.
Ao fundo ainda se vê a antiga ponte do caminho de ferro. Há quem atribua a sua autoria a Gustave Eiffel.
Para a descrição das azenhas da Vila, leiam a transcrição do Commercio de Villa do Conde nº7, de 1907
Hoje em dia já não se vêm as azenhas nem a fábrica de moagem. A ponte é diferente e foi recentemente aberta uma nova avenida marginal ao rio. A configuração da azenha de Azurara é também algo diferente, mas esta será motivo de uma publicação dedicada.