Igreja Matriz

A Igreja Matriz de Vila do Conde, dedicada a São João Baptista, começou a ser construída nos últimos anos do século XV, no topo do monte onde se encontrava o primitivo Mosteiro de Santa Clara e a primitiva Matriz, dedicada a São João Evangelista.

Até 1502 pouco estaria feito, apesar das avultadas despesas com os mestres de obras. No final desse ano, em peregrinação a Santiago de Compostela, D. Manuel I fez uma breve paragem em Vila do Conde. Esta visita causou um despertar do interesse do rei por estas terras, patrocinando e impulsionando a edificação da Igreja Matriz e de outras obras. Em troca, D. Manuel, rei que dá nome a todo um estilo arquitectónico, o manuelino, impõe as regras de construção da nova igreja, direções que não foram seguidas totalmente, para além de apontar um novo local para a edificação.

Neste período, o de maior prosperidade do país e de Vila do Conde em particular, o centro habitacional desta vila começou a deslocar-se do topo do monte onde se encontra o Mosteiro de Santa Clara, primeiro local escolhido, para o litoral, impondo-se assim a transferência do centro religioso da vila.

Por ordem régia, o local indicado para uma nova igreja foi um terreiro, onde se encontrava uma capela dedicada ao mártir São Sebastião. Esta capela foi reedificada num largo que aí adquiriu o seu nome e que ainda hoje mantém. O que não se mantém é a localização da referida capela, que voltou a ser transferida em 1853 para o cemitério, onde se encontra atualmente.

A construção da Matriz prolongou-se ao longo de quase todo o século XVI, sucedendo-se mestres pedreiros e carpinteiros, dos quais se destaca João de Castilho, pedreiro biscainho que em Vila do Conde permaneceu entre 1511 e 1513. A ele se deve a construção das naves, arcos e da magnífica entrada principal.

Mais tarde se construíram a torre sineira e as capelas laterais, dedicadas a Nossa Senhora da Boa Viagem e Corpo Santo de um lado (1542), e a São Miguel o Anjo e Nossa Senhora da Assunção do outro (1561). No século XVIII a Igreja Matriz foi adornada pelos retábulos de talha dourada e já nos inícios do século XX foram instalados os vitrais, provenientes de França, por deliberação do prior Mons. José Augusto Ferreira e patrocínio de Francisco Estevão Soares, e o órgão de tubos, oferta de Bento Luiz de Aguiar.

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Endereço: Rua da Igreja – Vila do Conde

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